• 10 Anos Dez fotos - trilho do Corno do Bico
  • O Corno de Bico é um espaço emblemático para o concelho de Paredes de Coura e de grande importância para a região, considerado um pequeno santuário natural, espaço de rara beleza que o homem moldou de uma forma harmoniosa.
  • Uma terra de mil paisagens, que ao longe, pode parecer majestosamente vazia. No interior da floresta do Corno de Bico, composta por uma vasta e densa mancha de carvalhos (Quercus robur) existe mais vida além daquilo que os nossos olhos vêem. Há um verde que molda a paisagem e quando as chuvas aparecem nos prados verdes, tudo ganha vida.
  • Os musgos amontoam-se sobre o áspero granito, colorindo-os como pedras preciosas nesta enorme jóia que é o Corno do Bico. É sem dúvida uma jóia, este pequeno paraíso no Alto Minho. Hoje, tem um papel importante ao nível da conservação da natureza, o que permitiu a sua inclusão como Sítio Classificado da Rede Europeia NATURA 2000 e na Rede de Áreas Protegidas de Portugal.
  • Eu pessoalmente fiquei encantado com este trilho. Há locais em Portugal, que pela sua localização, foram desde tempos remotos, locais de culto. O Corno do Bico foi um desses locais. Seja qual fosse a divindade do culto, o facto de estar mais próximo da abobada celeste mereceu o seu apreço e daqui do miradouro percebemos porque, além de termos uma visão fantástica sobre o horizonte.
  • Escondida pelo arvoredo fica a pequena povoação de Túmio. Inserida na zona de paisagem protegida do Corno do Bico e ponto de partida para a nossa aventura. Aconchegada por um ambiente bucólico que se estende por uma grande área. A paisagem é como um livro que se abre e, no desfolhar das páginas, encontramos um mundo diferente e novo ao mesmo tempo.
  • Aqui temos a primeira surpresa: um jovem tocador de concertina, que o Andar antecipadamente contratou. Proporcionou momentos musicais que rapidamente foram aproveitados para um pezinho de dança, para alguns dos caminheiros.
  • Deixamos para trás o jovem musico, com pela de alguns, e embrenhamo-nos no coração da Área Protegida e fomos engolidos, completamente, pela vegetação que nos cobria como uma abóbada e pouco a pouco, fomos ganhando altitude. Tínhamos, então, que vencer o desnível que nos separava do miradouro — Corno de Bico, o ponto mais elevado desta área e do concelho.
  • Durante o percurso constatamos a elevada diversidade de espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas, que, no seu conjunto, constituem o habitat essencial para inúmeras espécies do reino animal, incluindo cavalos. O segundo momento alto do trilho, dado ser grande a quantidade de cavalos que viviam livres neste paraíso. Momentos para fotos, no máximo silencio, para não os assustar. Foi lindo aquele momento, que contrastou com a notícia na semana seguinte da morte dos cavalos pela mão humana. Grande crueldade sobre os inocentes cavalos.
  • O nosso trilho continuou pela manta de retalhos arbórea. Há um sem número de caminhos que desembocam em estradas florestal, como momentos de extrema solidão. Somente o silêncio por companhia.
  • A par desta classificação, é igualmente importante o património humano das comunidades rurais, que permitiram moldar este território. É sem duvida um percurso que aconselho e gostava de repetir. No fim há sempre mais momentos de confraternização e musica como vem sendo prática no ANDAR.
  • Ferrisant
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