• 10 Anos dez fotos - O trilho das Garças, Paredes de Coura.
  • Este foi o primeiro trilho que nos levou as terras de Paredes de Coura, que apresenta um importante património natural e cultural digno de visita. Depois deste outros vieram e confirmaram o grande valor que este concelho tem para nós. A melhor forma de conhecer tão ampla riqueza é através dos percursos pedestres que nos permitiu um contacto íntimo com a natureza, com os vários elementos arquitetónicos e com as simpáticas gentes desta região, sobranceira ao rio Coura.
  • 99% do tempo do percurso foi trilhado sob chuva, incómoda e húmida.
  • Como o seu nome sugere a garça-real (ardea cinerea) é a rainha nestas paragens.
    O outono já ia a meio, e as árvores vestiram-se do seu mais bonito traje amarelado para nos receber. Os parcos raios solares nesse dia esconderam-se envergonhados por detrás das nuvens, que mantinham o semblante carregado. Ainda houve tempo para ver as árvores coloridas com as cores do outono, antes que o frio as despisse na totalidade, mergulhando-as no sono invernoso.
  • O nosso percurso seguia o rio e por diversas vezes a água corria a nossos pés. No meio do rio as pedras estavam revestidas por musgos, com verdes intensos que obrigavam a água a contorna-las deixando para atrás e um rasto branco.
  • A atividade agrária destas gentes que, durante séculos, se implantaram nas margens deste rio, é visível por toda a parte. Uma paisagem dinâmica, reflexo não só da conjugação de vários fatores ambientais em presença, mas também da harmonia entre as atividades humanas e a natureza ao longo de gerações criando um interessante mosaico paisagístico!
  • Uma surpresa estava reservada para a parte final: a praia do Tabuão. Ao longo das últimas centenas de metros, o verde ficou intenso e fechado. Os fetos e os musgos choravam e tomaram o lugar das pedras nuas. O piso ficou macio, ganhou a cor verde e as águas corriam, livremente, por entre as pedras esculpidas pelo tempo. Tudo ganhou cor, em forma de notas musicais, dando origem a melodias abstratas, melodias que acalmavam a alma e adormeciam as pedras. Descemos por um estreito carreiro que nos levou junto ao rio. Espaço harmonioso com o meio, convidativo a um merecido descanso. O encanto do Rio Coura não acabava ali. Uma foto aqui outra ali e ficamos com recordações para o futuro. Perseguimos e o ambiente bucólico desperta o olhar e os sentidos e este se perdem por largos momentos. Era tudo o que necessitávamos nesse momento: paz de espírito. Rio Coura desaparece, continuando o seu leito por entre arvoredos que o escondem do olhar.
    Valeu a pena, melhor seria se chuva não atrapalha-se.
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